POR QUE COMEMOS O QUE COMEMOS?

POR QUE COMEMOS O QUE COMEMOS?

Você pode achar que escolhe seus alimentos pensando em impressões básicas, como a qualidade, a frescura, a data de validade e o sabor. E é claro que isso é verdade. O que não costumamos pensar é que comemos muito mais de forma emocional do que racional, e é aí que mora a dificuldade em seguir algum planejamento alimentar ou dieta.

Na era do corpo, a gente sabe de muita coisa sobre alimentação. Os transtornos alimentares são cada vez mais comuns, e os transtornos mentais estão fortemente relacionados com o que comemos. A depressão, por exemplo, leva a um estado de humor que nos faz comer mais doces, e em maior quantidade. Você termina a barra de chocolate e de fato tem uma melhora no humor, mas que é temporária, e esse comportamento logo pode transformar-se um ciclo perigoso.

Quando você está muito estressado, e o cortisol, famoso hormônio do estresse está em alta, a tendência também é comer mais do que o habitual.
Quando faz uma dieta restritiva em gorduras, o que aumenta é sua raiva e hostilidade.
E tudo isso é resultado de estudos científicos que tentam relacionar nossos estados emocionais ao comer.

Se a informação fosse suficiente, nós simplesmente recusaríamos a barra de chocolate em um dia de tristeza; os diabéticos controlariam facilmente seus níveis de insulina; e nenhuma garota castigaria o próprio corpo provocando vômitos em nome da estética. Mas só informação não basta, porque comemos emocionalmente, e quando se trata de emoção, estamos engatinhando.
E tem outro detalhe: somos seres fadados ao instinto de buscar avidamente pela satisfação. Como dizia Freud, é o princípio do prazer. Ele faz com que rejeitemos o que é desagradável, e procuremos sempre o que nos dá contentamento.

Algumas pessoas, na realidade muitas delas, colocam o comer como principal fonte prazerosa, e não é de se surpreender, já que o alimento não só nos nutre, mas nos faz viver melhor, e conviver ao redor de uma mesa farta com as pessoas que amamos. Mas as complicações aparecem quando comer parece ser a única fonte de prazer. E qual a saída possível? Descobrir a alegria em outras coisas. O prazer não vive só em um prato de comida. Ele pode estar em lugares não pensados por você, como uma caminhada ao ar livre, um exercício novo, um cuidado com sua saúde, uma leitura diferente, um filme, uma terapia, uma viagem. As possibilidades são infinitas, mas é essencial que exista vontade de descobri-las. Talvez você demore para encontrar algo realmente prazeroso nesse processo. Se isso acontecer, está no caminho certo, pois os hábitos mudam com tempo e persistência.

Assim, aos poucos, você transforma sua relação com o que come, e descobre coisas novas que também te transformarão. Comemos de acordo com o que sentimos. Que possamos sentir melhor e de maneira mais saudável, para que nossas escolhas alimentares sejam um reflexo positivo de nossa saúde mental.

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